23/10/2013

#7 "Sim."

Uma vez vi um num filme, duas amigas a falar e uma diz: "Sou tão estúpida."
E a outra em resposta: "Não és estúpida, estás apaixonada, só isso."

Mas... não é isso que o amor faz? O amor deixa-nos estúpidas. Sem controlo. Sem pensar bem. Distraídas. Ansiosas, nervosas, desesperadas, com medo, pânico, com felicidade (mas raiva) ciumes, loucas e estúpidas. Completamente estúpidas e sem sentido. O amor consegue tirar-nos o sono, faz-nos querer estar extremamente bem arranjadas, por vezes até nos tira a vontade de comer. O amor, consegue ser das melhores e piores coisas do mundo. Faz-nos chorar e rir, sentimos-nos rainhas do mundo, ou então que não somos boas o suficiente. Faz-nos ser tudo e não ser nada. São demasiadas emoções ao mesmo tempo, demasiada confusão. Esgota-nos. Cansa. O amor cansa. O amor talvez seja mesmo uma mistura de sentimentos indistinguíveis. Ser ordem ou controlo. O amor faz-nos esgotar tudo. Faz-nos não aguentar. É tóxico. Muito tóxico. Uma das emoções tóxicas mais perigosas. Faz-nos cair e é tão difícil levantar... Tentamos não pensar nisso, ocultar de nós mesmas. Mas não dá, porque está sempre lá a dominar-nos os pensamentos e emoções, a confundir-nos e a esgotar-nos.
Sim, é isso que o amor faz. Reflete o nosso lado estúpido e esgota-o. O nosso lado forte e esgota-o.
O amor é imperdoável, e doloroso. Sim, é isso. Confunde-nos até os próprios sentimentos. É raiva ou ciume? É ansiedade ou felicidade? É confuso. O amor é confuso. Não sei porque vivemos à base dele. Porque nos "alimentamos" dele. Porquê? Porque gostamos da confusão? Da mistura de sentimentos? Da dor? "A dor exige ser sentida". Tal como o amor. Sim, é isso. O amor exige ser sentido.

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