– Há alguém lá fora. –
disse-me.
- Quantos alguéns?
Ele suspirou e já de joelhos implorou-me: - São só algumas
pessoas, querida maninha inocente, deixa o teu irmão mais velho ter alguma
sorte, Scar!
- Não me chames isso e temos acordo. E ninguém aqui.
- Feito.- Correu casa fora e ouvi as histéricas a entrar,
são sempre as primeiras a chegar e as últimas a sair.
Decidi manter a música e despachar-me para me deitar. Festas
do Ben apenas dão-lhe oportunidade de ter sorte com umas badalhocas. Após me
despachar, deitei-me no quente conforto da minha cama com o computador ao colo.
O som lá em baixo enerva-me sempre um pouco: As histéricas gritam, os rapazes
gritam enquanto bebem e a música é do piorio. E só de pensar no vómito que
teria de limpar no dia a seguir…
Desliguei o computador. Deitei-me completamente e fiquei a
fitar a minha pequena caixa que está numa mesa-de-cabeceira. “Hoje não,
Scarlet, hoje não… vá lá…”, virei-me. Adormeci.
Deviam de ser 5 da manhã quando acordei de repente. O
alçapão estava aberto. Entraram. Olhei à minha volta, fui à minha pequena casa
de banho de sótão e lá estava um dos rapazes deitado no chão, após vomitar
adormecera, supus. Bati-lhe com o pé um vez e outra e outra… Tirei a escova de
dentes do copo, enchi-o de água e atirei-lhe à cara. Acordou num salto.
- Mas que mer…? Olá!!!
- Estás onde não devias.- Chutei.Ele levantou-se, desafiando o meu olhar e dirigiu-se para a porta.
- Desculpe, sua alteza.
"Idiotas". Esperei que ele descesse, para eu fazer o mesmo. A casa praticamente vazia, sem contar com os copos no chão, as fitas coloridas, bebidas entornadas e algumas alminhas deitadas.
Confusão.
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